domingo, 19 de junho de 2011

África e Diplomacia Americana



A administração de Obama parece estar se movimentando mais ativamente no que tange às relações diplomáticas com a África. Mais do que uma mera resposta às críticas de líderes africanos sobre a falta de atenção de Obama, que é filho de um queniano, especialmente sobre a África Subsaariana, essa mudança enfatiza a complexidade do equilíbrio dos interesses americanos, muitas vezes contraditórios, na África.

Na semana passada a Secretária de Estado Hillary Clinton visitou a Tanzânia, Zâmbia e Etiópia, se tornando, com isso, a primeira secretária de estado a dirigir-se à União Africana. O objetivo da viagem foi enfatizar o compromisso da administração Obama com a democracia, boa governança, desenvolvimento econômico (especialmente no que tange a AGOA - African Growth and Opportunity Act) e saúde pública.

Michelle Obama, acompanhada de suas filhas e sua mãe, viajará pelo continente africano entre os dias 21 e 26 de junho, com paradas planejadas na África do Sul e em Botsuana. A viagem da primeira dama à África do Sul pretende salientar o papel da juventude Africana e sublinhar a transição democrática do país. Ela discursará no Fórum das Mulheres Líderes na África; visitará Robben Island, onde Nelson Mandela ficou encarcerado por dezoito anos; e se encontrará com o presidente sul-africano Jacob Zuma.

Recentemente o presidente Obama recebeu em Washington os presidentes Goodluck Jonathan, da Nigéria, e Ali Bongo Ondimba, do Gabão. Ambos produtores de petróleo e o último com um registro notadamente baixo de corrupção e abuso de direitos humanos. Ao contrário da agenda da primeira dama e da secretária de estado que destacavam a democracia e a boa governança, a Casa Branca relatou que o presidente Obama chamou a atenção para assuntos relacionados aos direitos humanos durante essa última reunião.


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